Raios fo~am o gatedo
Ontem, numa estrada municipal algures nos confins de
Amarante, estava um saco, de falsa serapilheira, no meio da estrada com alguma
coisa lá dentro. Ao passar percebi que era um bicho e pensei: “É um coelho! Já
vou ter jantar!”. Recuei e parei ao lado do saco. Estava realmente um bicho a
espernear-se lá dentro. Mas depressa percebi que o meu arroz de lebre já era:
os coelhos não miam! Quando saio do carro para ver o que se passava, vem um
carro e (PAUSA: os leitores suscetíveis de terem tromboses no cú com imagens
chocantes devem ignorar o resto da frase) passa por cima do saco. Continuei a
ouvir um miar e pensei: “A carne picada não mia! É mesmo um gato que está lá dentro.”
Desamarrei o saco libertei o animal. Se eu fosse sozinho, teria deixado o gato
à sua sorte… Pelo menos podia ver os carros e tentar fugir deles! Mas não foi
isso que aconteceu e lá começou a minha sorte. Toca a meter o gato no carro (PAUSA:
o carro ia cheio quase até ao teto) e lá vamos nós com o bicho até ao Pinhão.
Só faltava a guitarra para sermos confundidos com uma Ford Transit cheia de
ciganos! Chegados ao Pinhão, após identificação do sexo do animal (é uma gata),
quase fomos obrigados a ir à farmácia comprar um desparasitante, não fosse a
gata estar infestada de bichas. Claro está que se a gata toma, nós também temos
que tomar. Não quero ter bichas. E chimpa aí 20 euritos! Um gajo faz a boa ação
do dia e ainda tem que pagar para não correr o risco de ficar bichoso. Como se
não bastasse, ainda tive que levar o tareco até Bragança, comprar comida e
aturá-lo até que alguém o leve daqui. Há mesmo cães com sorte! Eu que adoro
gatos tenho que viver com um, limpar-lhe a merda, dar-lhe comida e livrá-lo das
bichas. É caso para dizer: raios fo~am as bichas… mesmo que sejam todas gatas!
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