terça-feira, 27 de novembro de 2012

Beyblades


Este ano decidi, novamente, apadrinhar uma das cartas do Pai Natal Solidário. Para quem não sabe, o Pai Natal Solidário é uma ação de solidariedade apoiada pelos CTT que permite que crianças carenciadas recebam um presente no Natal. As regras são simples: basta ir ao site http://painatalsolidario.ctt.pt, escolher uma carta escrita por uma criança, comprar a(s) prenda(s) que a criança deseja e ir entregar tudo nos CTT. A ideia parece boa. Aliás, é boa! Mas quando começo a ler as cartas dos miúdos fico sempre à nora porque não sei o que são os brinquedos. A Casa dos Pinipons? O que é isso? Quem são os Pinipons? Também moram num cogumelo venenoso como os Estrumpfes? Um helicóptero Hover Chams? Porquê Hover Chams? O que tem de melhor que o outro helicóptero que custa metade do preço? Confesso que estou bastante desatualizado em relação aos brinquedos dos dias de hoje. Mas há um que me intriga bastante: os beyblades! Também não sabia o que era até os descobrir hoje numa prateleira do Continente. Quem não os conhece também não perde nada. Mas ainda assim eu explico: Os beyblades são uma espécie de ioió sem corda que só voltam ao dono quando fazem ricochete em qualquer coisa. São tipo matutasos, com a desvantagem de que estes custam bem mais do que um pacote de batatas fritas. Acho que até há campeonatos de beyblades. Devem ser como os campeonatos de pião, piasca ou berlindes que eu fazia com os meus amigos quando éramos miúdos. Ninguém gostava da piasca porque quando era bem lançada rachava os piões a toda a gente. Também ninguém gostava do Alves porque com piasca ou pião quecava sempre todos os os outros todos, por mais pionés que tivessem… E claro, o gajo que jogava com a vaca leiteira ao buraquinho, que sacava sempre os berlindes a toda a gente quando conseguia uma mirinha (normalmente era um gajo encorpado com pelo menos mais 5 anos do que a média de idades, o que não permitia que alguém ousasse dizer-lhe: “Não podes jogar com a vaca leiteira”). A alternativa a isto era a guerra de pedras. Eram à pala e a probabilidade de ir para casa com a cabeça rachada era igual à de hoje um miúdo espetar um beyblade nos olhos depois de fazer ricochete no beyblade do irmão mais novo, bater na parede da sala e arrancar uma lasca de tinta mesmo por baixo da Mona Lisa (falsificada, claro, mas igualmente horrorosa!). O que me intriga ainda mais nos beyblades é que são extremamente caros para coisas de atirar ao chão. 16 euros por uma merda daquelas? Sabem que mais putos: aprendam mas é a jogar à sameira em pista coberta…

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