Beyblades
Este ano decidi, novamente, apadrinhar uma das cartas do Pai
Natal Solidário. Para quem não sabe, o Pai Natal Solidário é uma ação de
solidariedade apoiada pelos CTT que permite que crianças carenciadas recebam um
presente no Natal. As regras são simples: basta ir ao site http://painatalsolidario.ctt.pt, escolher
uma carta escrita por uma criança, comprar a(s) prenda(s) que a criança deseja
e ir entregar tudo nos CTT. A ideia parece boa. Aliás, é boa! Mas quando
começo a ler as cartas dos miúdos fico sempre à nora porque não sei o que são
os brinquedos. A Casa dos Pinipons? O que é isso? Quem são os Pinipons? Também
moram num cogumelo venenoso como os Estrumpfes? Um helicóptero Hover Chams?
Porquê Hover Chams? O que tem de melhor que o outro helicóptero que custa
metade do preço? Confesso que estou bastante desatualizado em relação aos
brinquedos dos dias de hoje. Mas há um que me intriga bastante: os beyblades!
Também não sabia o que era até os descobrir hoje numa prateleira do Continente.
Quem não os conhece também não perde nada. Mas ainda assim eu explico: Os
beyblades são uma espécie de ioió sem corda que só voltam ao dono quando fazem
ricochete em qualquer coisa. São tipo matutasos, com a desvantagem de que estes
custam bem mais do que um pacote de batatas fritas. Acho que até há campeonatos
de beyblades. Devem ser como os campeonatos de pião, piasca ou berlindes que eu
fazia com os meus amigos quando éramos miúdos. Ninguém gostava da piasca porque
quando era bem lançada rachava os piões a toda a gente. Também ninguém gostava
do Alves porque com piasca ou pião quecava sempre todos os os outros todos, por mais pionés
que tivessem… E claro, o gajo que jogava com a vaca leiteira ao buraquinho, que
sacava sempre os berlindes a toda a gente quando conseguia uma mirinha (normalmente
era um gajo encorpado com pelo menos mais 5 anos do que a média de idades, o
que não permitia que alguém ousasse dizer-lhe: “Não podes jogar com a vaca
leiteira”). A alternativa a isto era a guerra de pedras. Eram à pala e a
probabilidade de ir para casa com a cabeça rachada era igual à de hoje um miúdo
espetar um beyblade nos olhos depois de fazer ricochete no beyblade do irmão
mais novo, bater na parede da sala e arrancar uma lasca de tinta mesmo por
baixo da Mona Lisa (falsificada, claro, mas igualmente horrorosa!). O que me
intriga ainda mais nos beyblades é que são extremamente caros para coisas de
atirar ao chão. 16 euros por uma merda daquelas? Sabem que mais putos: aprendam
mas é a jogar à sameira em pista coberta…
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