Perigo ao volante, mulher constante!
Longe vai o tempo em que a mulher e o volante eram
incompatíveis. Com esta mania da emancipação da mulher e igualdade de direitos,
há cada vez mais mulheres a ter a carta e, consequentemente, a conduzir. É caso
para se dizer: Elas andem aí! Há mulheres taxistas, camionistas e motoristas de
autocarros. Qualquer dia também há mulheres a abrir valas com retroescavadoras
para enterrar o saneamento. Até já há mulheres motoristas da Resende! Porém, o perigo ao volante já não advém das mulheres, mas sim do número de atrasados mentais a conduzir que tem aumentado.
Mais uma curiosidade da estatística é que a maior parte dos atrasados mentais
conduz um carro alemão branco, parecido a um frigorífico metalizado com rodas.
Nas estradas há de tudo, mas o que mais me incomoda são os domingueiros. Até
agora, estes apenas se denominavam domingueiros pois, de facto, só conduziam ao
domingo. Mas a interpretação do calendário dos Maias estava errada: O fim do
mundo já chegou há muito tempo, pois há cada vez mais domingueiros a conduzir
noutros dias da semana. E reproduzem-se! São tantos que já se notam diferenças
entre eles. Aqui ficam algumas classes de domingueiros identificadas na selva
urbana:
- Zola (diminutivo de Morcãozola). Pertence à classe
Morcãodade e é o comum atado que não sabe bem para que serve o volante. Só anda
em frente e mal. Não passa dos 20 Km/h nem que esteja na 3ª faixa da autoestrada
(isto só acontece porque tem um desvio na direção, pois por iniciativa própria
nunca se atreveria a guinar para tão longe).
- Maria Amélia (também denominada como Morcona ou Joaquina).
Esta é a classe que engloba todas as atadas. Distingue-se do Zola por ser do
sexo feminino. Nesta classe também podemos encontrar um ou outro (entenda-se
muitos) Paneleiro ou mesmo Bichona.
- Quim (também conhecido como Zéquinha ou Azelha). Fazem
parte da classe Azelhandade, Azelhandage ou Joaquinisse. Distinguem-se do Zola
por serem mais aventureiros. Chegam mesmo a conseguir estacionar o carro a mais
de três lugares de distância da porta do Shopping.
- Cão (também insultado vulgarmente por Cabrão, Boi, Paneleiro
ou, em casos de maior agressividade por parte do insultante, por Filho da Puta).
Pertencem à classe Paneleirage ou Chico-espertismo. Na sua génese são muito
semelhantes aos Zolas mas conduzem carros alemães brancos ou Puntos com
bufadeiras compradas no Jumbo do Parque Nascente. Julgam-se os reis da estrada
mesmo sem saber o que isso significa. Não sabem o que são os espelhos, os
piscas ou mesmo a prioridade, abusando desta frequentemente.
- Rena (também referenciado como Rodolfo ou Avec). Pertence
à classe Natalícios ou Shoppinguismo. É o mais puro dos domingueiros. Muitas
vezes é Avec ou relaciona-se frequentemente com este tipo rançoso de emigrantes.
Lava o carro ao sábado à tarde e atesta-o para um eventual passeio de domingo.
Mede constantemente a pressão dos pneus e a amperagem da bateria (este processo
demora 3 horas com o capô aberto ao sol, tipo camaleão). Enquanto conduz faz
questão de evocar o espírito natalício, fazendo com que o carro pareça um
pinheiro de natal brilhante e iluminado pelos stop’s e piscas. Têm sido vistos
a enconar faixas da esquerda e a passear os sogros na Maxmat, em procissão, durante
uma jornada de uma tarde a ver retretes que não vão comprar. Testam frequentemente
a buzina nos casamentos do mês de Agosto.
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