domingo, 16 de dezembro de 2012

Perigo ao volante, mulher constante!


Longe vai o tempo em que a mulher e o volante eram incompatíveis. Com esta mania da emancipação da mulher e igualdade de direitos, há cada vez mais mulheres a ter a carta e, consequentemente, a conduzir. É caso para se dizer: Elas andem aí! Há mulheres taxistas, camionistas e motoristas de autocarros. Qualquer dia também há mulheres a abrir valas com retroescavadoras para enterrar o saneamento. Até já há mulheres motoristas da Resende! Porém, o perigo ao volante já não advém das mulheres, mas sim do número de atrasados mentais a conduzir que tem aumentado. Mais uma curiosidade da estatística é que a maior parte dos atrasados mentais conduz um carro alemão branco, parecido a um frigorífico metalizado com rodas. Nas estradas há de tudo, mas o que mais me incomoda são os domingueiros. Até agora, estes apenas se denominavam domingueiros pois, de facto, só conduziam ao domingo. Mas a interpretação do calendário dos Maias estava errada: O fim do mundo já chegou há muito tempo, pois há cada vez mais domingueiros a conduzir noutros dias da semana. E reproduzem-se! São tantos que já se notam diferenças entre eles. Aqui ficam algumas classes de domingueiros identificadas na selva urbana:

- Zola (diminutivo de Morcãozola). Pertence à classe Morcãodade e é o comum atado que não sabe bem para que serve o volante. Só anda em frente e mal. Não passa dos 20 Km/h nem que esteja na 3ª faixa da autoestrada (isto só acontece porque tem um desvio na direção, pois por iniciativa própria nunca se atreveria a guinar para tão longe).

- Maria Amélia (também denominada como Morcona ou Joaquina). Esta é a classe que engloba todas as atadas. Distingue-se do Zola por ser do sexo feminino. Nesta classe também podemos encontrar um ou outro (entenda-se muitos) Paneleiro ou mesmo Bichona.

- Quim (também conhecido como Zéquinha ou Azelha). Fazem parte da classe Azelhandade, Azelhandage ou Joaquinisse. Distinguem-se do Zola por serem mais aventureiros. Chegam mesmo a conseguir estacionar o carro a mais de três lugares de distância da porta do Shopping.

- Cão (também insultado vulgarmente por Cabrão, Boi, Paneleiro ou, em casos de maior agressividade por parte do insultante, por Filho da Puta). Pertencem à classe Paneleirage ou Chico-espertismo. Na sua génese são muito semelhantes aos Zolas mas conduzem carros alemães brancos ou Puntos com bufadeiras compradas no Jumbo do Parque Nascente. Julgam-se os reis da estrada mesmo sem saber o que isso significa. Não sabem o que são os espelhos, os piscas ou mesmo a prioridade, abusando desta frequentemente.

- Rena (também referenciado como Rodolfo ou Avec). Pertence à classe Natalícios ou Shoppinguismo. É o mais puro dos domingueiros. Muitas vezes é Avec ou relaciona-se frequentemente com este tipo rançoso de emigrantes. Lava o carro ao sábado à tarde e atesta-o para um eventual passeio de domingo. Mede constantemente a pressão dos pneus e a amperagem da bateria (este processo demora 3 horas com o capô aberto ao sol, tipo camaleão). Enquanto conduz faz questão de evocar o espírito natalício, fazendo com que o carro pareça um pinheiro de natal brilhante e iluminado pelos stop’s e piscas. Têm sido vistos a enconar faixas da esquerda e a passear os sogros na Maxmat, em procissão, durante uma jornada de uma tarde a ver retretes que não vão comprar. Testam frequentemente a buzina nos casamentos do mês de Agosto.

Este post merece uma buzinadela!


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